segunda-feira, 27 de julho de 2020

2º anos - Leitura Complementar


 Leitura Mensal


No mês de agosto iniciaremos nosso projeto de leitura.O livro escolhido para esse mês será:

Outros Jeitos de Usar a Boca – Rupi Kaur | Le Livros



Segue o link do livro em formato PDF:

8º anos - Leitura Complementar

    
 Leitura Mensal



No mês de agosto iniciaremos nosso projeto de leitura.O livro escolhido para esse mês será:



O diário de Anne Frank em quadrinhos | Amazon.com.br


Segue o link do arquivo em formato PDF.

 https://drive.google.com/drive/u/1/my-drive



2º Ano - Atividades Complementares

1- Leia as poesias abaixo e escreva nos comentários qual delas vocês gostou mais e porquê.


Um homem como outro qualquer


Um homem
que se preocupava demais
com coisas sem importância
acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas.
Um amigo lhe deu então a ideia
de usar as minhocas
numa pescaria para se distrair das preocupações.

O homem se distraiu tanto
pescando 
que sua cabeça ficou leve 
como um balão 
e foi subindo pelo ar 
até sumir nas nuvens. 

Onde será que foi parar?
Não sei 
nem quero me preocupar com isso. 
Vou mais é pescar. 


José Paulo Paes


Vinicius de Moraes foi 'aposentado' do Itamaraty por 'boemia'



De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 

Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento 

E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 

Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 

Vinícius de Moraes


Templo Cultural Delfos: Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim) – a ...



Quando um coração que está cansado de sofrer, 
Encontra um coração também cansado de sofrer, 
É tempo de se pensar, 
Que o amor pode de repente chegar. 

Quando existe alguém que tem saudade de outro alguém 
E esse outro alguém não entender, 
Deixa esse novo amor chegar, 
Mesmo que depois seja imprescindível chorar. 

Que tolo fui eu que em vão tentei raciocinar 
Nas coisas do amor que ninguém pode explicar! 
Vem, nós dois vamos tentar… 
Só um novo amor pode a saudade apagar.

Tom Jobim

Toquinho - UM SUCESSO DO BRASIL PARA TODO O MUNDO! - Teatro L'Occitane


"...e o futuro é uma astronave que tentamos pilotar. Não tem tempo, nem piedade, nem tem hora de chegar. Sem pedir licença muda a nossa vida e depois convida a rir ou chorar. Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá. O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar. Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela que um dia enfim descolorirá!"


Toquinho


2- Pesquise e copie no caderno a biografia (10 a 15 linhas) e uma poesia ou música de cada um dos nomes abaixo:

A- José Paulo Paes;
B-  Vinícius de Moraes;
B- Toquinho;
B- Antônio Carlos Jobim ( Tom Jobim).



segunda-feira, 20 de julho de 2020

8º ano - Linguagem e textos /Informações implícitas e explícitas


Linguagens e textos







Descobrindo informações explícitas e implícitas







8º ano - Estratégias de Leitura - Se liga na Educação





2º anos - Texto,Contexto e Intertexto


Texto, Contexto e Intertexto



Texto, contexto e intertextualidade

1. Texto
Segundo o dicionário Larousse (2007), texto é o conjunto coerente e coeso de ideias, é a palavra ou conjunto de palavras que transmite uma mensagem, que tem a intenção de comunicar algo.
Texto é, também, uma manifestação linguística produzida por alguém, em alguma situação concreta (contexto), com determinada intenção.
Ex: Fogo!
       É um exemplo de texto porque:
- Manifestação linguística: a pessoa gritando;
-Situação concreta: o edifício pegando fogo;
-Intenção: avisar outras pessoas do perigo e conseguir socorro.
            Outro aspecto importante é que a situação de produção de um texto sempre supõe a existência de um interlocutor a quem ele se dirige.
      Interlocutor de um texto é o leitor a quem ele se dirige preferencialmente.
2. Contexto    
Outro aspecto necessário para compreender e interpretar bem um texto é o contexto no qual ele está inserido.
Contexto é a situação concreta a que o texto se refere, logo todo texto tem um contexto.  Há diferentes tipos de contextos (social, político, cultural, estético, esportivo, educacional, histórico ...) e sua identificação é fundamental para que se possa compreender bem o texto, mas essa identificação vai depender do conhecimento sobre o que está sendo abordado e as conclusões referentes ao texto. 
Em determinados textos a informação sobre acontecimentos passados contribui para sua compreensão. Por isso, quanto mais variado o campo de conhecimento, mais facilidade encontrará o leitor para ler e interpretar, pois muitas vezes é a falta de informação que impede a compreensão de determinados textos.

Observe:


a) A que contexto se refere a imagem e a que situação específica refere-se? Explique.
b) Qual a intenção comunicativa do autor deste texto?

Outro exemplo: “Eles vão te pegar na esquina”
Dependendo do contexto, essa frase pode adquirir várias interpretações: de ameaça (possíveis assaltantes que esperam por vítimas na esquina); de cuidado (buscar/apanhar alguém na esquina) ou em uma outra situação pode ser um jornal que chama atenção do leitor  para as pessoas que escrevem no jornal ou até mesmo para os jornaleiros vendem os jornais nas esquinas, nesse contexto “pegar”, não significa atacar ou buscar alguém, mas sim capturar a atenção do leitor, que, interessado pelos textos escritos decide comprar esse jornal.

3. Intertexto: 
é a relação que se estabelece entre dois textos, quando um faz referência a elementos existentes no outro. Esses elementos podem dizer respeito ao conteúdo e à forma.. A intertextualidade pode ocorrer em textos escritos, músicas, pinturas, filmes, novelas, etc. Veja nos exemplos abaixo como Murilo Mendes (sec. XX) faz referência ao texto de Gonçalves Dias (sec. XIX):

Canção do Exílio
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."

Gonçalves Dias

Canção do Exílio
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza. 
Os poetas da minha terra 
são pretos que vivem em torres de ametista, 
os sargentos do exército são monistas, cubistas, 
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
gente não pode dormir 
com os oradores e os pernilongos. 
Os sururus em família têm por testemunha a 
                                                      [ Gioconda 
Eu morro sufocado 
em terra estrangeira. 
Nossas flores são mais bonitas 
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia. 

Ai quem me dera chupar uma carambola de 
                                        [ verdade 
e ouvir um sabiá com certidão de idade! 
Murilo Mendes

Nota-se que há correspondência entre os dois textos. A paródia-piadista de Murilo Mendes é um exemplo de intertextualidade, uma vez que seu texto foi criado tomando como ponto de partida o texto de Gonçalves Dias.
Na literatura, e até mesmo nas artes, a intertextualidade é persistente. Sabemos que todo texto, seja ele literário ou não, é oriundo de outro, seja direta ou indiretamente. Qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos são exemplos de intertextualização. A intertextualidade está presente também em outras áreas, como na pintura, veja as várias versões da famosa pintura de Leonardo da Vinci, Mona Lisa:














Fonte:http://infolaboratorio.blogspot.com/2012/03/contexto-e-intertextualidade.html